Em pincelada grosseira, esta geração dos Relvas que chegou ao governo por um golpe genial duma luminária chamada Marco António Costa - ou tens eleições no país ou no partido, é a hora! - saiu da fábrica com marcas peculiares.
No geral, traz nas ventas a poeirada vermelha de sertões longínquos e paisagens majestosas, povoadas de coqueiros e de búfalos, e de pretos que passavam fome e ensacavam o café.
No particular, mostrava o cu aos ministros para lhes dizer que não pagava as propinas, e acabou com o serviço militar obrigatório, porque era chato ir à tropa.
As universidades privadas, que os papás deles criaram, - as Modernas, as Independentes, as Atlânticas, as Lusófonas, as Portucalenses, as Lusíadas, as Internacionais, as Livres... - eram escolas de papel e lápis, mais semelhantes a máquinas caça-níqueis do que a lugares de aprendizagem e curiosidade intelectual.
Sempre foi mais vasto nelas o horário dedicado à movida nocturna, do que a outras mais agrestes tarefas curriculares. Mas ofereciam por junto mil e quinhentos cursos e garantiam um canudo.
De modo que, aos poucos, se foi chegando a isto: para além de outros badalados casos, só na Lusófona já houve 89 licenciaturas três em um, como a que o Relvas ostenta.
Eu acho bem, que os direitos devem ser universais! E ao mesmo tempo que se limpa a face ao Relvas, cultiva-se o país e nivela-se por cima. Já nos bastava de nivelar por baixo!