Ao contrário do que afirmam os papagaios de turno e os opinadores avençados, a reincidência de Passos numa TSU modernizada não pretende essencialmente reduzir ainda mais os já diminutos custos do trabalho e aduzir novas competitividades à economia, criando assim mais emprego e maiores contribuições para a Segurança Social. Antes é uma bofetada enviesada e pulha ao Tribunal Constitucional. E visa, isso sim, a redução efectiva e definitiva de pensões e complementos.
Intervenções anteriores do TC declararam inconstitucionais, ou transitórios, certos cortes e reduções que o governo intentou. Encurralado, Passos decidiu agora voltar à TSU e seguir por um atalho. Mete 600 milhões no bolso dos patrões, os quais deixam de entrar nos cofres da Segurança Social, minando a sustentabilidade do sistema de pensões.
No dia em que o sistema entrar em ruptura, a redução das pensões será facto consumado, e de pouco valerão as inconstitucionalidades do TC. E assim voltámos à casa da partida.