«(...) Ora aqui entra novamente o recrutamento e formação dos novos pilotos civis, já
que os militares ainda têm estado um pouco ao abrigo destas modernices: é que a
legislação existente (é a já europeia “EASA”) apenas (!) obriga ao 9º ano com
matemática e física e um exame médico (não muito exigente) em organismo certificado
para o efeito.
Não são exigidas nem provas físicas nem psicotécnicas.
Os alunos não as fazem e as escolas não os obrigam por serem onerosas e terem
medo que os alunos “fujam” para a concorrência. Também não é de uso efectuarem-se
despiste de drogas…
Algumas empresas exigem testes psicotécnicos quando fazem o seu recrutamento,
mas tirando casos muito fora do desvio padrão, aparentam estar mais preocupados em
não ter ao seu serviço, pessoas que lhes dêem problemas laborais. De resto não são mais
repetidos.
Tirando isto, a supervisão é mais ténue e a hierarquia também e o convívio é
esparso. Os tripulantes só convivem quando se encontram para voar, em acções de
formação ou nas verificações.
Ao contrário dos aviadores militares, onde a hierarquia é mais rígida e
compartimentada, o convívio é corrente e o treino e operação, é conjunto.
Acresce a tudo isto que nas escolas civis praticamente ninguém chumba. Vão
desistindo.(...)» [Brandão Ferreira Ten-Cor Pilav]
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