sexta-feira, 17 de abril de 2015

Velhice

Tiro o celofane ao maço. Ripo dum cigarro. E vou ao balde do lixo para me livrar dos destroços.
Dum lado levo uma tese, amarfanhada. Do outro tenho uma antítese, entre os dedos.
Abro aquela portinhola, largo o cigarro no  balde. A síntese é irrecusável. Sem recurso.
Antes que esqueça decido-me a ir à rua, pagar uma factura ao multibanco.