«(...) Nas próximas (eleições), não é o PS que
fará a diferença, justamente porque não quer inverter o caminho
que empreendeu, pela mão de Constâncio, Guterres ou Sócrates, há
muitos anos. O PS, como a social-democracia europeia, até se
distingue da direita no debate sobre o aborto ou o casamento
homossexual (ainda que tenha discriminado mais ainda na adoção) — mas
não é de hoje que desistiu de defender o mínimo de democracia social
que tínhamos desde o 25 de Abril e se passou para o campo do
liberalismo económico, entendendo que a riqueza das nações é
produzida pelos patrões e não pelos trabalhadores. É por isto mesmo que a
mudança também não virá daqueles que têm alimentado esta mentira de
que o PS não dança à esquerda porque não tem par disponível. (...)»
[Manuel Loff, in PÚBLICO]