No meio da charlatanice servil ou avençada da comunicação
social (um dos capítulos da tragédia do país), três coisas me são
incompreensíveis:
- Como é possível que José Sócrates continue a ter 30
minutos semanais de voz, na televisão pública generalista?
- Como é possível que o geral dos cidadãos, a despeito da
violência que os fustiga, se mantenham alheios a esse facto, indiferentes a uma
das poucas vozes com que vale a pena perder tempo?
- Das duas, uma: ou o geral dos portugueses não chegam a
ser cidadãos, ou trocam alegremente os deveres de cidadania por uma passeata no
Audi A6.