Nunca tinha visto por aqui, nem supus que existisse, um pássaro todo branco. Foi ontem ao crepúsculo, ali ao largo das roseiras bravas.
Levantou do medronheiro para uma silva, e desta voejou para o sabugueiro. Pelo
adejar não era pintassilgo nem pardal. Talvez um pisco, um tentilhão, não sei.
Só sei que vê-lo ali, a luzir no crepúsculo, me deixou
num enigma. Nunca tinha visto, nem ouvi falar, nem supus que existisse. Mas lá
vê-lo, vi, um passarito albino.