terça-feira, 16 de setembro de 2014

O passarito albino

Nunca tinha visto por aqui, nem supus que existisse, um pássaro todo branco. Foi ontem ao crepúsculo, ali ao largo das roseiras bravas. Levantou do medronheiro para uma silva, e desta voejou para o sabugueiro. Pelo adejar não era pintassilgo nem pardal. Talvez um pisco, um tentilhão, não sei.
Só sei que vê-lo ali, a luzir no crepúsculo, me deixou num enigma. Nunca tinha visto, nem ouvi falar, nem supus que existisse. Mas lá vê-lo, vi, um passarito albino.