Portugal é um país de broncos, que devoram como alarves a semântica e a racionalidade lógica da própria língua.
Metade dos jornalistas que aí andam não distinguem o significado do adjectivo soalheiro, do significado do adjectivo solarengo. - Hoje esteve um dia solarengo!!! - informam.
Pior do que isso é o facto de 90% dos indígenas já confundirem o perigo de morte com o perigo de vida, que é coisa que não existe.
Façamos um boneco:
- O meu amigo teve um acidente e correu perigo de morte; ou, nesse acidente o meu amigo teve a vida em perigo. Nunca por nunca, o meu amigo teve um acidente e correu perigo de vida; quando muito, correu perigo de morte.
- Tem algum sentido uma sinalefa pública, a advertir ATENÇÃO! PERIGO DE VIDA?!
E o mais grave é que, para os gramáticos modernos, a prática dita a lei!