A televisão brindou-me ontem com um panegírico de Francisco Sá Carneiro.
E há de facto horas felizes. Porque o exercício me trouxe uma novidade, explicou-me um enigma, reforçou uma convicção, e atirou comigo para os braços do Camilo.
A novidade é que o Sá Carneiro era um papa-hóstias quotidiano.
O meu enigma foi sempre o que andaram a fazer nas hostes do PPD certas figuras como Emídio Guerreiro, Natália Correia e Helena Roseta, quando por lá passaram.
A convicção prévia era a do mito do Dom Sebastião. Que também ficou na história não pelo pouco que fez, mas pelo muito que havia de fazer, se não tivesse morrido antes do tempo.
E o Camilo? Esse já tinha contado quase tudo, na Queda dum Anjo. Com um pouco menos de realismo, bem entendido, que se lhe ajustava mal à costela romântica.