quarta-feira, 23 de julho de 2008

Filha-da-putice







[não se esqueça de clicar]
Para quem já consumiu tardes a ladear o Vouga, a A 25 é uma rota da seda. Saindo a horas do Porto, qualquer um pode almoçar em Samarcanda. O pior é a curva do Sátão.
Na curva do Sátão só se pode andar a 80 Km. Ninguém conta com uma coisa dessas, numa auto-estrada, mas há mistérios no mundo que só os técnicos sabem. E se eles instalaram um radar, a impor a limitação, é bem possível que passe, na curva do Sátão, uma fractura tectónica activa, a ameaçar vulcões! Ou um triângulo novo das Bermudas, quem vai agora saber?!
O facto é que um viajante, com pressa de chegar a Samarcanda, vai rolando a 130. Razão bastante seria para os técnicos se anteciparem a sinalizar o perigo, a aconselhar precauções. Pois não senhor! As quatro imagens acima mostram com toda a clareza que não só se omitiu uma advertência atempada, como também se ocultou o radar. Até ser tarde demais.
- Na imagem Nº1 (onde a distância está falsificada) um viaduto esconde o que nos espera a 400 metros de distância.
- Na imagem Nº2 (onde a distância está falsificada) estamos a 300 metros do radar, sem haver qualquer sinal de limitação.
- Na imagem Nº3, a 150 metros do radar, aparece-nos à esquerda, pela primeira vez, uma limitação de 100 Km, logo seguida de nova limitação de 80. No meio da panóplia de sinalefas avulsas, a placa de saída para o Sátão ajuda a confundir-nos a atenção. E a sinalização do radar, já emboscado à nossa espera, está escondida atrás dum placard que nos indica a Espanha.
- Na imagem Nº4 estamos a 60 metros do radar. Mesmo assim, para o ver, é necessário clicar. Mas já é tarde demais. Mesmo se o condutor for uma besta, e se montar em cima do travão.
A última vez que fui a Samarcanda, passei aqui a 128 Km/h. Já recebi o postal da intimação. A ver vamos como acaba isto.