O mito é uma falsa ideia, amplamente instilada e seguida, com determinado fim. Dizem depois que sem ele não se pode viver.
Em Portugal, no primeiro trimestre de 2008, desassete mulheres acabaram dizimadas pela violência doméstica. Do marido, do amante, do namorado, do chulo. Outras onze escaparam ao ensaio.
É o caso desta figura oscilante, uma mulher com 88 anos, que saiu do hospital com o braço esquerdo em gesso, e traz suturas na fronte, e este corpo profanado de vergões.
Para lá do estupor, sobram-nos duas perguntas, além da primordial:
- O que é que levou o herói a esperar tantos anos?
- Foi o mito que o travou?