Tu ouves isto e não queres acreditar. Recusas-te a acreditar. Porque é impossível acreditares. O que não deves é desconhecer, salvo se já abdicaste da tua Razão e preferes enganar-te a ti próprio.
Este é um caso particular, exemplar, do espírito mais geral que tem mandado em nós. E patenteia a decadência orgíaca das elites que há séculos nos têm dirigido e talhado o fadário.
Até a jornalista em cena é exemplar: baba-se de servilismo cúmplice, rasteja, oferece-se de bandeja e cai o pano. E é isto que a televisão te pinta lá em casa, num ecrã que é teu.
Dá raiva e fúria e lágrimas e nojo. Esta gente não é gente! E isto não é um antídoto, que o não tenho; mas sempre é uma aspirina de dignidade!