Camponês de Borda d'Água, fui ao mercado tratar dos meus negócios. Lá encontrei disponível esse velho Correio da Manha. Incansável na missão suprema de dar luta ao Anti-Cristo, que há muitos anos encarnou em José Sócrates. É o seu seguro de vida e dividendos, o mercado manda assim.
Mas na edição de hoje sobressai um pária, um tal J P Coutinho, que partilha espaço de colunista com outro indígena exótico, o J. M. Tavares.
Diz assim o J.P. Coutinho, com ar sério. "O primeiro-ministro António Costa é um homem que inspira no português médio uma náusea geral. É um primeiro-ministro cercado, de um governo remetido para o gueto."
De que realidade fala o desgraçado? E não se trata dum jornalista amestrado, prisioneiro duma trela! É um colonista formador de opinião!
O que é que levará um espírito que se respeita a si próprio a trocá-lo pela condição de pária, intelectual, ético, moral, deontológico?! É um salário para pagar o pão dos filhos, ou uma missão de bombista suicida, com setenta virgens míticas na bicha?!