« (...) A segunda grande questão é saber que Europa sobreviverá aos atentados de Paris. Uma Europa de fronteiras fechadas, em que Schengen será apenas uma breve referência nos livros de história? Uma Europa invadida por um “tsunami de ódio contra os muçulmanos”, como dizia ontem ao The Guardian Nadir Kahia, líder de uma comunidade islâmica em Paris? Uma Europa que vai ganhar uma fobia maior contra os imigrantes e refugiados? Depois dos ataques em Paris, a Polónia veio imediatamente dizer que já nem queria ouvir falar mais do sistema de quotas de refugiados. E o facto de ter sido encontrado no corpo de um dos terroristas um passaporte sírio de alguém que entrou na União pela Grécia, rota que tem sido usada por milhares de refugiados, vem agravar ainda mais o sentimento. Um medo que tem sido aproveitado por esta Europa fora pelos partidos populistas e xenófobos (como a Frente Nacional em França), que querem enterrar de vez o grande projecto europeu. (,,,)»
«Uma sondagem Ipsos publicada esta semana revela que apenas 26% dos suecos consideram que o seu país deve continuar a acolher tantos refugiados. Em setembro, eram 44% .»
«As manifestações em Dresden do Pegida são o pico mais visível da mobilização da extrema-direita na Alemanha contra o Islão na Europa e a chanceler Angela Merkel, que abriu o país aos refugiados.»
[in PÚBLICO]
Requiem pela velha Europa e pelos filhos dela, tantos são. Tentação que foi, de Júpiter, e afinal Mãe do planeta, bem o merece.