quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Bálsamo

A  nespereira nunca dará frutos, porque os frios da Lapa o não consentem. Mas dá flores, que se espreguiçam na soalheira da manhã. É então que as abelhitas aproveitam a benesse e vêm em romaria, quando Saturno cochila. Antes que apareça por aí a veludina, uma assassina
Eu fico a ouvir-lhes o zumbido adocicado, que me invade como um bálsamo. Benesse minha, dalgum ignoto deus pródigo!