Não faltam aqui motivos variados:
Sobre o que seja a arte contemporânea, com ponto preto sobre tela branca (com traço negro seria do Sarmento); ou representando um Holocausto pendurado em quatro cordas de estendal; ou simbolizando a fragilidade da existência nas borboletas do Hirst (de quem haviam de ser?).
As sociedades ricas e ilustradas podem permitir-se o luxo de financiar cabotinices caras e inúteis, para não correrem o risco de cair no populismo. E as sociedades precárias e iletradas, o que é que devem fazer?
Usar com utilidade aquele pouco que têm, educar-se sem complexos de elitismo porque não há qualquer outra educação (os velhos gregos existiram mesmo), e resistir aos farsantes de serviço que só são amamentados para uma única função: alienar-nos. Para que não se acabem os cordeiros de Deus, pelintras e iletrados e confusos, num rebanho em que as mochas jogam bem com as cornudas. Conforme sempre foi na nossa terra.