quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

O amante de Lady Chatterley

Finais da 1ª Guerra; uma elite inglesa rotinada, humanamente esgotada, exaurida, doente, nos seus feudos industriais e agrícolas. A salvação só pode estar cá em baixo. 
Lady Chatterley (cujo marido, lord Clifford, saiu inválido da guerra), repara um dia no guarda-caça. Nas costas dele que se lava ao ar livre, entre as galinhas. E fica tão perturbada com a visão do tronco masculino, que tem pesadelos nessa noite.
O filme é a descoberta do desejo, da sexualidade, da vida, do prazer, da natureza, da alegria e da energia; e é gradualmente que a Lady mergulha num vulcão que nunca sentiu. Os encontros na cabana evoluem para um relacionamento erótico e sexual intenso, à beira da paixão. É ela que conduz esses encontros, porque o couteiro se coíbe; e ela fá-lo sempre com uma delicadeza extrema.
O patrão, além de ser um déspota, é um cretino altivo e sobranceiro. Um traço de que, ainda hoje, padecem quase todos.
Sobre novela de D. H. Lawrence, 1926, proibido em 1928.