sábado, 16 de março de 2013

Francisco

Não distingo muito bem as mafias do Opus Dei das camorras maçónicas. Nem os negócios de armas do IOR, nem as lavagens do Banco Ambrosiano, nem outros mortais pecados me retiram o sono. Ao longo duma vida, se tomado gota a gota, um organismo são adapta-se ao veneno da mais farisaica serpente.
É certo que assim me soa estranho, este epíteto sem ordinal sucessório, lá saberá porquê o santo homem. E o Espírito Santo será essa pomba estúpida, que poisa nas estátuas e suja os bancos dos jardins, mas brinca pouco em serviço.
O que eu sei é que a América Latina, com quarenta e tal por cento, constitui o mercado mais pujante do Vaticano católico. Sei que os cristãos evangélicos surfam por lá na crista da onda. Sei que a Europa papista é um recanto céptico e descrente, em acentuada regressão. Marcado por um relativismo dissolvente, a prometer bem fraco dividendo.
Isso é que explica as escolhas da mais estúpida pomba. IVG, casamento dentro do mesmo sexo, crimes de pedofilia, celibato canónico, ordenação feminina, eutanásia, combate à Sida, uso do preservativo, isso agora não interessa nada! 
Uma Igreja pobre para os pobres?! Pobres deles!