Li-o aí pelo Natal de 1993, e já não me lembrava por que gostei tanto dele. Fui revê-lo. E espanta-me que o seu autor, apoiante directo e jovem de Salvador Allende, tenha revelado esta costela narrativa, depois do tempo que passou nas mãos dos torcionários.
O universo de toda a acção é a floresta amazónica. E é através das aventuras do velho Antonio José Bolívar Proaño que o leitor se embrenha nesse mundo: os índios xuares, os colonos derrotados pela floresta, os garimpeiros do ouro nas fronteiras do Perú, a onça, as formigas legionárias, os pequenos javalis saínos, os macacos micos, a anaconda, e os fotógrafos americanos que a floresta dizima.
A narrativa acaba com o encontro final do velho Proaño e da onça solitária, a quem um branco tinha matado os filhos.