No passado 10 de Junho assisti na Guarda, na biblioteca Eduardo Lourenço, a uma leitura de um actor que veio de Lisboa para nos ler o discurso que o Jorge de Sena aqui fez, quando foi convidado pelo Eanes para cá vir, nas comemorações do 10 de Junho de então.
Ao chegar à biblioteca, mesmo não sendo cardeal, tive direito a passadeira vermelha estendida no passeio. É que o município da Guarda, essa corja de arrivistas, gasta dinheiro em panasquices mas é-lhe indiferente que o edifício da BMEL meta água. Para reparar isso não há dinheiro!
O discurso que o Jorge de Sena então fez foi lido pelo actor. E eu, que do Sena conheço pouco sem me interessar o resto, fiquei estupefacto com o discurso dele. Tão sóbrio quanto exacto e contundente. Não admira que o seu conteúdo tenha sido deliberadamente esquecido por toda a comunicação social da altura, fora do termo da cidade.
Nunca ouvi nenhum catedrático falar de Camões e dos portugueses conforme Sena o fez. Ainda bem que finalmente o ouvi. Se conseguir obter uma cópia do discurso, não deixará de vir parar aqui.