sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Investimentos

A partir do séc. XV (com mais rigor a partir da rapaziada de Ceuta em 1415), as elites dirigentes lusitanas iniciaram uma era visionária e paranóica, que foram povoando de mitos, de equívocos e de falácias, e se manteve por séculos. Durou até 1975, data em o povo teve que pagar a última factura. Mas o dano dos estilhaços ainda dura e durará.
Antero de Quental (Causas da Decadência...), António Sérgio (Breve Interpretação...), Oliveira Martins e outros explicaram isso muito bem. O que não significa que a pátria tenha ligado a ponta de um corno ao que eles deixaram dito. Mas adiante!
O leit-motiv da era visionária era a luta contra o infiel (ao serviço do Vaticano), era a dilatação da Fé (Católica) e do Império. E foi nisto que a pátria se esgotou durante quinhentos anos. 
Hoje nada resta da , no Oriente. Em África há residuais resquícios, e são nulas as perspectivas de crescimento, face aos animismos, islamismos, e quejandos. O verdadeiro mercado da do Vaticano está na América Latina. À política de terra queimada seguida por portugueses e sobretudo espanhóis, (o Bartolomeu de las Casas que o diga), pouco ou nada sobreviveu dos povos e civilizações indígenas.
Mais do que um qualquer espírito-santo de orelha, foi este mercado enorme que ditou aos cardeais do último conclave a eleição do papa Francisco, vindo lá dum sertão. É verdade que lhes saiu fresco para assar, mas são ossos do ofício e isso é outro assunto!
Aqui a questão essencial é que as cruzadas ibéricas de há quinhentos anos vêm hoje a revelar-se muitíssimo rentáveis para o Vaticano. E como é que o Vaticano retribui?! Assim!