(...) Beresford (que antes tinha sido feito conde Trancoso!) decidiu acompanhar os batalhões ao Rio de Janeiro e falar com D. João pessoalmente acerca do agravamento da situação em Portugal.
Em cartas privadas falava da sua apreensão acerca do futuro de Portugal. "O estado das coisas é realmente muito crítico", escreveu na véspera da partida para o Rio, e ninguém vê isso melhor do que eu. Não há perspectiva de qualquer tentativa para rectificar os abusos, que estão a afundar o próprio estado, e que deverão no final acabar por destruí-lo. E esse fim não está assim tão longe. Prevejo sérios riscos de agitação provocada pelo descontentamento popular."
[Império à deriva, Patrick Wilcken]