Com o modernismo a poética clássica soltou-se de fórmulas. É génio estreme. Entre um e a outra, venha o diabo e escolha!
Olá guardador de rebanhos
Aí à beira da estrada
Que te diz o vento que passa?
"Que é vento, e que passa,
E que já passou antes
E que passará depois.
E a ti o que te diz?
Muita coisa mais do que isso.
Fala-me de muitas outras coisas.
De memórias e de saudades
E de coisas que nunca foram.
Nunca ouviste passar o vento.
O vento só fala do vento.
O que lhe ouviste foi mentira
E a mentira está em ti."