«A militarização da sociedade e o triunfo da Contra-Reforma [séc. XVI/XVII] permitiram que os teólogos, os doutores e os fidalgos se manifestassem na direcção da política, da cultura, da economia e da ideologia. Afundaram as contas, travaram a actividade dos mercadores profissionais, em boa parte cristãos-novos.
O tribunal do Santo Ofício e os teólogos conservadores das Ordens Religiosas bloquearam a criatividade do pensamento, a crítica e as práticas que se desviassem dos dogmas tridentinos. Sufocaram no berço a rotura epistemológica que internamente se operava, e se desenvolveria na Europa.»
António Borges Coelho