No tempo em que Portugal teve um governo, eleito, patriota e responsável, Mário Nogueira dirigia os professores, a quem a avaliação não agradava. Eram os tempos da ministra sinistra, do Mariano Gago da Ciência, da Belém Roseira da Saúde, do tipo dos corninhos na Economia, do Vieira da Silva, do Sócrates enfim.
O Nogueira, sempre a mando do comité central, arregimentou então os professores avenida abaixo. Garantiu-lhes a terra prometida e eles acreditaram. E foi assim que retirou a Sócrates a maioria absoluta em 2009, antes de acompanhar ao altar o Passos mais o Relvas em 2011.
Os professores são hoje um rebanho tresmalhado, que ele entregou ao açougue do Crato. O destino da Ciência é o mesmo do peixe seco, que se come no inverno quando a horta não dá couves. A escola pública troca-se por um cheque-ensino. Os projectos construídos vão à vida, porque são delírios megalómanos que é saudável descartar. E para rejeitar o orçamento do Passos, o melhor que o Nogueira descobriu foi fazer dos papéis dele uma fogueira. A iletrada cegueira geral há-de fazer o resto.