A edição da obra de J. Rentes de Carvalho pela Quetzal é um elementar exercício de justiça e rectidão, que resgata a conhecida mesquinhez indígena. Durante 50 anos, o Rentes cumpriu o calvário de todos os nossos estrangeirados, produzindo lá fora a cultura e o espírito que serviu a outros, e que os asnos nacionais tomaram por dispensável.
Mazagran, conjunto de crónicas publicadas na Holanda e editadas em 2012, venceu há dias o Grande Prémio de Crónica da APE. E eu, que me rendo à excelência de Ernestina, de Com os Holandeses, e de A Flor e a Foice que ainda não viu a luz do dia, já estou tranquilo na bicha. Porque intuo que a crónica é o campo em que Rentes de Carvalho melhor brilha.