quinta-feira, 20 de abril de 2017

Merdas

O burgo não vem no mapa, mas tem uma escola secundária e outra profissional. E a juventude, recentemente púbere, senta-se na esplanada ao fim da tarde.
Elas mal se diferenciam deles. Uns picam em écrãs, outros nem isso. E a maior parte são gordos, quando não obesos, devorando o que o mercado lhes oferece: pacotes, churritos, milhos, refrigerantes, merdas.
A pátria um dia vai vê-los partir, a trabalhar mundo além. E se ela os não lamentar, eu também não.