Revejo o bairro e a velha casa onde durmo, como um justo. E emociona-me senti-la outra vez por dentro.
Não vou, não quero, não posso permitir-me isso. Não tenho tempo. Nem o guardador destes rebanhos o entenderia!
XXXV
O luar através dos altos ramos, Dizem os poetas todos que ele é mais
Que o luar através dos altos ramos.
Mas para mim, que não sei o que penso,
O que o luar através dos altos ramos
É, além de ser
O luar através dos altos ramos,
É não ser mais
Que o luar através dos altos ramos.
[Poemas de Alberto Caeiro, Ed. Ática]