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A seu tempo voltaremos com detalhe a este texto indispensável de Oliver Stone [A História Não Contada dos Estados Unidos]. Porém esta intromissão precoce impõe-se, tendo em vista a sua actualidade e pertinência.Sucessor de Roosevelt e antecessor de Eisenhower, Harry Truman foi um presidente menos que medíocre. E ter na Casa Branca um presidente à altura é vital para o mundo inteiro. Esta questão arde hoje como fogo, diante da perspectiva de eleição de Trump.
Vejamos a saga trágica de Douglas MacArthur (na foto), no final da guerra da Coreia.
"MacArthur e Truman ameaçaram, em conferência de imprensa em Novembro de 1950, usar a bomba [contra a China]. E MacArthur submeteu uma lista de 26 alvos e solicitou oito bombas atómicas adicionais, para lançar sobre forças invasoras e «concentrações fulcrais de força aérea inimiga».
O gen. Curtis LeMay apresentou-se como voluntário para liderar os ataques e, sem conhecimento do público, pilotos norte-americanos e soviéticos atacavam-se em combates aéreos directos - o único combate prolongado entre os dois lados durante a Guerra Fria. (...) MacArthur começou a emitir comunicados de Tóquio, culpando terceiros pelo desastre militar e fazendo pressão para uma guerra declarada com a China. Sabendo que Truman procurava um cessar-fogo, MacArthur emitiu o seu próprio ultimato à China. Os chefes de Estado Maior conjunto recomendaram unanimemente que este fosse afastado do comando. Truman anunciou o despedimento de MacArthur.
O drama de Truman a despedir MacArthur por insubordinação e o choque de ver o falhanço da força militar todo-poderosa norte-americana, que não conseguia derrotar camponeses chineses mal equipados, reduziu as taxas de popularidade de Truman a um nível recorde de 22 por cento. (...)»