O sarcasmo popular na criação de alcunhas é proverbial. Mas esta não proveio dessa fonte, é espúria e foi adoptada.
Em tempos que já lá vão, o irmão mais novo do conde, que passava pelo solar da gesta gloriosa, reparou um dia no rabo duma criada. Depressa a estendeu na cama, depressa lhe fez um filho.
E o conde ficou perplexo. Acabou por chamar-lhe o Balalaica e deu-lhe uma benesse: tinha trabalho diário no jardim, tratava das alamedas sombrias... E era nisso que escapava à penúria, quando os outros camponeses passavam fome de rabo!
A alcunha vinha da estepe russa, dos gelos distantes dos Urais, e só o conde teria acesso a ela. Hoje, aqui, do Balalaica, não sobrevive a lembrança.