« (...) MDN preocupado (!) com a falta de adesão dos jovens às Forças Armadas (Expresso e RER)
Lê-se e não se acredita!
Então o MDN não sabe o que vem sendo feito aos Militares por uma equipa que vem do antecedente, e em que depositou de tal maneira a sua confiança que não alterou um pormenor que fosse, antes prosseguindo o mesmo caminho?
Sobre os Militares em RC e RV nem é preciso ir muito mais além do que olhar para o constante incumprimento das disposições que regulamentam esses regimes, nomeadamente no que diz respeito aos incentivos que deviam encorajar essas opções, às vezes, até, com mudanças a meio dos períodos contratuais.
Julgará o MDN que os jovens não falam uns com os outros?
Sobre os Militares dos QP, não chegavam várias folhas (seja qual for o suporte utilizado!) para dar conta das autênticas malfeitorias que se vão sucedendo.
Fiquemos apenas pelas designações, pois os Militares saberão muito bem preencher os detalhes: EMFAR, ADM, HFAR, IASFA, Colégio Militar, extinção do Fundo de Pensões dos Militares, extinção do Complemento de Pensão de Reforma, etc., etc.
Será que o MDN não vai sabendo dos pedidos de abate ao quadro, por parte dos Oficiais que possuem outros "instrumentos" para enfrentarem a Vida?...
Recentemente, o MDN deu corpo a mais dois diplomas que dizem bastante sobre a forma como pretende resolver essa sua "preocupação":
Regulamentou (mais uma vez!) a questão das indemnizações por abate, procurando amarrar os Militares "à força" (seria curioso saber onde param iguais regras, para outras categorias profissionais terem que indemnizar o Estado quando optam por abandonar o serviço público; ou até, em extremo, os alunos do secundário terem que proceder de igual modo pelo que é gasto na sua aprendizagem…);
Alterou (mais uma vez!) a orgânica do Instituto de Acção Social das Forças Armadas, retirando-lhe competências (a de conceder empréstimos em condições mais fáceis e favoráveis, por exemplo), já que as capacidades vão de há muito sendo (propositadamente?) degradadas (mas é um regalo frequentar instituições privadas da assistência na saúde, uma vez que parece estarmos num qualquer comando conjunto das Forças Armadas, nos vários escalões etários, de que os cônjuges também fazem parte…) e, também, garantindo, com mais um vogal civil, eventuais desempates em decisões (o MDN até saberá, melhor do que nós, o que vai constando…) que possam levar o Oficial General Presidente a tentar "resistir".
Julgará o MDN que os jovens não estão atentos ao escrutínio que vai sendo feito à acção governativa, também na área da Defesa Nacional? (...)»
***AOFA - Associação de Oficiais das Forças Armadas