terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Hesitações

Confesso-te que não sei o que deves fazer, Costa!
No teu lugar eu iria, não mandava dizer.
Mas já passaram os tempos prazenteiros de fazermos sobretudo o que nos agradaria. Só temos para fazer o que deve ser feito.
E tenho aqui algumas hesitações. Entre o justo, e o humano, e o político; entre o que é forte e o que resulta fraco; entre o que sonhou corajoso e acordou pusilânime. 
Sei que tudo isso é pouco para vesgastar os canalhas e os cínicos, os pulhas e os tacticistas, que erguem o dedo molhado para ver donde vem a aragem. Mas para além disso não sei, por isso calo-me. Falta-me saber e dimensão.