Desde Abril de 74, o PPD desfilou, e mandou para a reciclagem, gerações sucessivas de eminências inúteis, de senadores de papel, de barões enfatuados, de gangsters assumidos, de aventureiros cúpidos, de vendilhões de feira. Todos eles recostados no regaço da pátria, todos eles sufragados por um povo de indigentes políticos.
A novela dos fundos europeus do Relvas e do Coelho, que o PÚBLICO tem contado, desvenda um partido que hoje manda no país e se resume ao caroço: um bando de marginais oportunistas, de empreendedores venais, que mereciam o rigor dos códigos mas ficarão impunes.
A pátria, e alguns indigentes dela, sobreviverão. Mas talvez o PPD desapareça de vez.