FRED
BODSWORTH
Nasceu em 1918, em Port Burwell, no Canadá.
Vem da infância o seu apego à natureza, sobretudo ao mundo das aves. Trabalhou
em rebocadores e em plantações de tabaco, fez longas viagens até às fronteiras
da civilização, colaborou em jornais canadianos, e mais tarde foi membro da
redacção do “Maclean’s Magazine” de Toronto. Tornou-se um conceituado biólogo e
escritor. Publicou, entre outros, a novela O
último maçarico-esquimó (1954), os romances O estranho de Barra (1960), A
expiação de Ashley Morden (1964), Correi,
pés, correi! (1967) e o estudo científico-natural A costa do Pacífico (1970).
Viaja
sem descanso, do Árctico para Sul, levado pelo desejo de encontrar uma companheira.
Luta encarniçadamente com o frio e a neve, com a chuva e os temporais, vence o
Atlântico num voo ininterrupto de 60 horas, recobra novas forças no Orinoco e
avança, procurando sempre, até à Patagónia.
Mas o
verão passa e ele continua sozinho. E, quando a esperança já quase lhe morreu,
aparece a desejada. Saúdam-se, entusiasmados, e iniciam juntos o regresso a
casa.
O
caminho passa agora sobre as alturas dos Andes, através de nuvens geladas. Mas
já não falta muito para chegar ao destino, uma vez que a fêmea, tal como
milhares de outras, será vítima dum atirador pérfido.
Ele fica
outra vez sozinho e percorre assim a última etapa. Instala-se na sua reserva
habitual e espera. Será que chega a companheira, ou ele é, realmente, o último
maçarico-esquimó?