segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Redes

O sol quente da manhã é benesse de um deus pródigo. Mas os charcos do caminho estão gelados, da frialdade da noite. 
Largo os bastões, sento-me numa pedra, abro o farnel. E puxo dum telefone, a ver se falo a um amigo que há-de ir a caminho de Évora, a tal. Não tenho rede e fico desolado.
Chega um gaio, com uma castanha no bico. Poisa ali na copa dum pinheiro, grasna e ri-se. Nunca lhe faltou rede nenhuma.