Comecemos por aqui, o resto vem a seguir.
A Arábia Saudita pertence há muitas décadas ao grupo dos grandes produtores de petróleo barato, pois lhe basta abrir a torneira e vê-lo correr sem custos maiores de exploração. O país é uma teocracia despótica, profundamente anti-democrática e socialmente terrorista.
A América comprometeu-se há décadas a proteger e garantir o poder da casa dos Saud... desde que o governo saudita aceitasse o compromisso de usar apenas o dólar como moeda nas transacções do petróleo. (O uso doutra moeda levaria de imediato ao colapso do dólar e das finanças da América).
A ameaça e a tentativa de usar moeda estranha ao dólar no mercado do petróleo foi fatal para o Kadhafi da Líbia e o Saddam do Iraque. Esses déspotas oprimiam os seus povos, era urgente libertá-los da tirania. (A Síria e o Irão também vinham na lista, que foi interrompida por visíveis motivos de força maior).
De forma que fica tudo entre amigos, entre cúmplices, entre fariseus, entre traficantes. Mesmo quando há sectores da Arábia Saudita que apoiam a Jihad, financiam fundamentalismos e secretamente pactuam com o EI. O tal que corta o pescoço a reféns, a jornalistas, a povos e a outros crentes.