Em momentos críticos é que fazem falta homens providenciais. Foi o que aconteceu com o Marquês.
Viveu em Londres e em Viena, onde casou e aprendeu o espírito moderno. Secretário do rei D. José, ficou na história como a imagem do déspota impiedoso. O caso do jesuíta Malagrida, para quem o terramoto de Lisboa foi um castigo de deus, ajudou muito.
Ele sabia que em Portugal nada poderia ser feito sem partir os dentes à fidalguia todo-poderosa. Os Távoras esquartejados em Belém, no beco do Chão Salgado, e o duque de Aveiro que o digam.
Além disso o filão do ouro do Brasil estava esgotado. Quando veio o terramoto de Lisboa, era preciso reconstruir a baixa pombalina, coisa que ele fez notavelmente, apoiado numa equipa de arquitectos notáveis.
Com a morte do rei veio a rainha louca, que vivia aterrorizada com a violência do Marquês. Os aristocratas procuravam apenas a vingança. E graças a ela o Marquês acabou homiziado em Pombal.