No meio dessas andanças, enquanto a conversa deslizava, entrámos pelo quinteiro. Lá ao fundo havia um cabanal, onde o Zé guardava as lenhas do Inverno. E diminuto era o lugar para elas, que a mor parte do telheiro estava atravancada por um exótico mostrengo: um prisma descomunal, coberto de ferrugens e de lixo.
O Zé confidenciou-me que já fora um depósito de gasolinas. Esta enterrado em Tete, numas bombas que ele tinha à beira da picada que dava para o Moatize. Antes de juntar as tralhas e pôr-se a mexer para a Beira, mandou vir os pretos todos, fê-los desenterrar o mastodonte, subiu-o para a caixa do camião e trouxe tudo no convés dum navio.
Agora ali estava ele, e estava ali muito bem. Não tinha deixado nada àqueles cães.