O Rafeiro do Alentejo
«Em épocas pré-romanas os pastores da Península Ibérica utilizavam cães de grande porte, sendo hoje completamente impossível tentarmos definir detalhes morfológicos desses animais.
Contudo, é indiscutível a sua utilização nesse território e em épocas tão remotas.
O Alentejo, na sua imensidão, tornou-se a partir de determinada época no solar desses animais de grande corpulência que defendiam e acompanhavam os rebanhos, guardavam "Montes" e integravam as matilhas usadas nas montanhas.
Excelente guarda, seguro e confiante, é particularmente vigilante durante a noite.
Cão de grande nobreza, é firme para com estranhos e tem comportamento dócil para com as crianças.
Trata-se sem dúvida de um cão de defesa e não de ataque, inconfundível pelo timbre do ladrar, grave, profundo, propagando-se a grande distância.
Em finais da década de 40 é elaborado o Estalão da Raça. Pelo número de registos efectuados conclui-se que a euforia, verificada então, diminuiu drasticamente na década de 60, chegando mesmo a considerar-se a Raça muito próxima da extinção, no início da década de 80. Contudo, graças ao empenho de uns quantos criadores, o molosso alentejano conseguiu sobreviver. (...)
Se é seu propósito conhecer ou mesmo adquirir um exemplar, a Associação de Criadores do Rafeiro do Alentejo (ACRA) pode ajudá-lo e esclarecê-lo.»
(C.M. Monforte)