sexta-feira, 6 de junho de 2014

Toma lá

Génio!

O seu a seu dono

Não será aqui que alguém menosprezará o contributo do povo americano, para impedir que os portugueses acabassem reduzidos a Untermenschen ibéricos, aqui há setenta anos. Mas convém a César dar o que a César pertence!
Na celebrada Omaha Beach e noutros lugares, a América sacrificou meio milhão dos seus soldados. O que é isso, comparado com os 23 milhões de filhos que a mãe-Rússia perdeu?
Antes de mais... e a liberdade... e coisa e tal... a insânia ariana na Europa constituiu, para os Estados Unidos da América, a cerejita em cima do bolo. O resto é treta manhosa (conforme o VPV himself reconhecerá no Público do dia 8).

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Vai aqui aprender algo

Antes que o colapso se precipite!

domingo, 1 de junho de 2014

Ó Seguro!

Vi-te passar ali na televisão. De semblante crispado, azedo, se não raivoso. Habituem-se, porque isto agora mudou! Um adamastor de papel.
Tás feito. Quero dizer, tás fodido. És estúpido e és má rês. Mas isso era já sabido.

S.F.R. Pero Pinheiro

Antonin Dvorac (Novo Mundo).

Eixos do mal e do bem

A imagem mais antiga que sobre o tema guardo no arquivo vem dum tempo em que ainda não havia os pesticidas agrícolas que chegaram da América, e a coberto da produtividade dizimaram no quintal os bons e os maus. Os pintassilgos, esses, vinham às revoadas, e escondiam pelos buxos altos os ninhos onde mimavam os filhos. Eu passava o tempo à cata deles, e nunca vi coisa mais aconchegada.
Quando ficou doente a professora, passei toda a primavera a caminho da Torre, onde fui acabar o ano lectivo. A estrada velha já teria os seus mil anos, vim a sabê-lo depois. E custava uns três quilómetros à ida mais outros tantos à volta. 
Foi assim que descobri na ribanceira um ninho de perdiz, tinha lá dentro uma boa dúzia de ovos, um verdadeiro tesouro. Todos os dias eu ia analisá-lo, ao fim da tarde, e andava todo contente. Um dia descobri, no túnel de acesso ao ninho, um objecto estranho. Era um pêlo do rabo dum cavalo, enrolado numa laçada redonda. A perdiz, que não dormia em serviço, acabou a enjeitar o ninho. E eu fiquei inconsolável mas depois passou-me.
Há dias fui encontrar, na brancura recente dum canto do alpendre, a balbúrdia atarefada dum casal de andorinhas. No primeiro momento protestei, contra a lama, o palhiço, os múltiplos dejectos, contra o que me pareceu aquele eixo do mal. Pus-me a pensar numa retaliação mas logo claudiquei, era política reles. A história anda aí a abarrotar de eixos do bem que deram mau resultado.