Foi há muitos anos e acabei por me curar, mas vivi tempos com rosetas na cara. Afinal o meu país era de marinheiros, afinal tinha uma árvore genealógica feita de egrégios avós, não tinha jeito nenhum ter assim medo do mar.
Na altura era eu nosso cadete, seja lá isso o que for era o que me chamavam. Novato pois. E uma parte das férias do Verão era passada em Aveiro, a conhecer uma aeronave primitiva que os inventores já tinham esquecido. Num domingo, sem mais nada que fazer, fui até à praia.
Fiquei entusiasmado perante a rebentação. E em pelota aqui vou eu!
O mar agarrou em mim, deu-me sete voltas enroladas em areia, e, quando eu já não sabia de que terra era, vomitou-me cá para fora.
Olha se o magano decidia puxar-me lá para longe, onde não havia pé? A história trágico-marítima ganhava um novo capítulo!