quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Enquanto o pau vai e vem

Os deuses fecharam os olhos e Obama tornou-se o 44º Presidente dos Estados Unidos da América. Barack Hussein Obama, o primeiro Presidente negro.
Muita gente embandeirou em arco (alguns falam em milagre) e pôs-se a pensar que Deus iluminou a América e o mundo todo mudou. Mas não é exactamente assim. Nem este mundo mudou, nem a Senhora de Fátima desceu outra vez à terra. E os deuses só fecharam os olhos, porque sentem, por agora, o servicinho feito.
Em 2001, George W. Bush perdeu numericamente as eleições, mas foi entronado Presidente, porque era útil aos deuses. E eles velam, quando não fecham os olhos, nos seus olimpos da Comissão Trilateral, do Clube Bilderberg, do Council on Foreign Relations. Os mesmos deuses que mataram Kennedy, e Martin Luther King, e outros, e que pagaram bem para que as Torres Gémeas fossem dinamitadas, e que encenaram o ataque dum avião fantasmático ao Pentágono, e doutro na Pensilvânia, precisavam de ter, em 2001, como Presidente dos Estados Unidos da América, o homem mais grotesco e menos apresentável que o Novo Mundo gerou. G. W. Bush era a exacta marioneta, o faz-tudo de que os deuses precisavam. Por isso o entronaram, embora as urnas dissessem outra coisa. E depois voltaram a entroná-lo, uma vez que era preciso levar a tarefa a cabo: a mistificação do terrorismo, o fantasma do Bin Laden, a arrogância perante o mundo inteiro uma vez que o comunismo desabou, a subversão das normas internacionais, a guerra perpétua no Afeganistão, o embuste das armas de destruição maciça, a invasão facínora do Iraque, a ignomínia de Guantânamo, a rapina do petróleo, a desregulação total da vida, o desprezo pelo planeta, o bolo de estricnina do sub-prime, a mudança de mãos duma riqueza colossal, a paralisia da economia mundial, o desespero de milhões... Até os sionistas, que aprendem bem as lições, aproveitaram a 25ª hora para subir, em Gaza, a fasquia da bestialidade!
Tudo isto feito, os deuses já podiam dispensar o pau-mandado. E deram-se mesmo ao luxo de presentear o mundo com este milagre dum Presidente negro, chamado Hussein Obama. Só para nos deixar a todos de boca aberta.
O santo milagreiro tem uma função primordial, que é branquear perante o mundo a face conspurcada da América. E eles contam escapar ao tribunal de guerra, porque nós temos curtíssima memória, e só nos é permitido acreditar naquilo que os deuses mandam publicar.
Sem embandeirar em arco, há motivos para folgança. Porque sempre as costas folgam, enquanto o pau vai e vem.