Já o pai era um cabeça de vento. Um dia achou maneira de ir para a África e foi parar a Benguela. Lá ficou. E a mãe, que era tecedeira, fraca conta poderia dar dos filhos. Foi por isso que ele, ainda cachopo, foi servir de pastor no Frontelheiro.
A patroa aviava-lhe a merenda numa meia das dela. Até que ele se fartou daquela vida e pensou voltar a casa.
Sempre a pé, por trilhos mal conhecidos, levou três dias para chegar à aldeia. Isto antes de alguém o levar para Matosinhos a servir de marçano. Nunca mais lhe saiu da cabeça essa experiência. Mas isso é o acto seguinte.