sábado, 2 de julho de 2011

Veredicto

O Secretário de Estado da Cultura foi alvo duma penhora do fisco, coisa que se não inveja nem estranha.
Esclarecendo que o caso está em disputa, diz ele que aceitará o veredicto. Muito pacatamente. Outra coisa não era de esperar, mas fica em falta aqui uma diligência.
Veredictos destes competem aos tribunais administrativos e fiscais. São eles que dirimem os conflitos, em que o cidadão comum satisfaz primeiro os ditames do fisco, e só depois poderá reclamar. A menos que haja no caso tramitações privadas.
Cá em casa há uma coisa dessas. O processo entrou no tribunal em 2003, levou seis anos até ficar concluso, e já passou mais dois numa gaveta, a aguardar um veredicto. Com sorte, o meu neto vai recebê-lo em herança.
E o caso só não foi mais rocambolesco, por ter eu ao tempo explicado à ministra, que receberia a tiro os agentes da fiscalidade, se as coisas não tomassem um mínimo de trambelhos.
A senhora ministra mandou analisar. E não podendo considerar-me inimputável, alguma razão eu teria. Recomendou à máquina um pouco de contenção.
O governo do senhor Secretário de Estado tem muito que fazer, assim o queira. É que ainda há quem tenha fé na redenção.