quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ecos da Sonora XI

O discurso ensaístico é muitas vezes travesso, arrevesado, quando não é hermético. Ter boas ideias nem sempre significa enroupá-las a modo.
Porém muito pior é quando se cai na mão dum costureiro manhoso. Quando metade das frases da tradução têm pelo menos doze linhas.
Então, ir à Sonora é como ganhar o céu, desperdiçando tempo.

(...) As variações da forma do discurso e, mais precisamente, o grau em que ela é controlada, vigiada, castigada, em forma (formal) dependem assim, por um lado, da tensão objectiva do mercado, ou seja, do grau de oficialidade da situação e, no caso de uma interacção, da amplitude da distância social (na estrutura da distribuição do capital linguístico e das outras espécies de capital) entre o emissor e o receptor ou os seus grupos de pertença e, por outro lado, da "sensibilidade" do locutor a essa tensão e à censura que ela implica, bem como a aptidão, que lhe está estreitamente ligada, para responder a um alto grau de tensão com uma expressão altamente controlada, logo, fortemente eufemizada. (...)

Ufff!!!