terça-feira, 30 de julho de 2013

Pois é!

"A crise é uma máquina de guerra."

Ecos da Sonora LVII - Comentários do Colégio Conimbricense da Companhia de Jesus sobre os três livros do Tratado 'Da Alma' de Aristóteles Estagirita (1592/1606)


«Esta conclusão está contra muitos filósofos da Antiguidade que disseram que o nosso espírito era corpo. Zenão, que era fogo, Anaximandro, Anaxímenes e Anaxágoras, ar. Seguiu-os, por acaso, Varrão, que escreveu assim: a alma é ar produzido na boca, cozido no pulmão, aquecido no coração, difundido no corpo. Também Hipácio e Parménides supunham a alma fogo, Empédocles, sangue, Crítias, composta de sangue e de humor. Porventura imita-os um poeta latino, quando diz que ela exala jactos de sangue.»

«Daqui a razão por que, estando a língua doente, uma vez atacada a zona que sofre de bílis amarela, ainda que se aproximem do exterior coisas gostosas e providas de óptimos sabores das quais ela recebe as imagens, ela não as sente, porque aquele sabor que se fixou, que primeiro ocorre ao paladar, reclama para si todo o empenho da faculdade perceptiva. De tal modo costuma acontecer assim, que não é apenas o mesmo sentido que é levado para os outros sensíveis que se lhe oferecem, mas todos os restantes, a serem também levados para os seus objectos, sempre que a alma, para perceber algo, se aplica com tanto esforço e intenção, que não fica disponível para perceber outras coisas.»

«Apresentam-se-nos, primeiro, duas opiniões sobre o nascimento das almas. Uma, dos que afirmam que elas se reproduzem a partir duma semente. (...) Outra, a dos que consideraram que as almas foram criadas, não por Deus, mas pelas inteligências. (...) Logo, existe um agente físico, que gera a alma racional. Este, porém, não pode ser outro senão o pai, que com a potência da semente faz surgir a alma a partir do interior da matéria. Portanto, a alma racional é propagada pela potência da semente. Outro, os restantes animais fazem nascer as formas da sua descendência da potência da matéria, mas o homem não deve estar numa situação de condição inferior. Logo, a alma humana é produzida pelo próprio homem. (...) Eis os argumentos a favor da opinião dos que defenderam que as almas dos homens são produzidas pelos anjos. (...)»

«Mas concordam em que a alma é infundida logo que o corpo esteja perfeito e formado com os órgãos que são próprios à prole humana, o que alcança enquanto não é de tamanho maior do que aquele que é próprio da maior formiga (...). Todavia é mais comum e verdadeira a opinião de que, nos machos, a obra se encontra concluída por volta do quadragésimo dia, nas fêmeas, do octogésimo. O que se confirma da melhor forma porque, na velha lei, se a mulher parisse um macho, ficava em casa quarenta dias, se uma fêmea, oitenta dias, e deixava de entrar no templo. Na verdade, os intérpretes das palavras divinas dizem que este número foi prescrito para imitação da natureza e do tempo em que o corpo se forma no útero.»

«Colocadas assim as afirmações, respondemos à questão suscitada no início. A alma intelectiva é infundida e unida ao corpo no instante em que, primeiro, pela matéria e pela forma dos membros, e pelos restantes acidentes exigidos por essa forma, foi provida e disposta, o que costuma acontecer à volta daquele dia que dissemos há pouco. Todavia, o corpo de Cristo, nosso Salvador, não observou no útero da Virgem Mãe esta lei da formação sucessiva. Na verdade, o que o período de quarenta dias, pela potência da natureza, aos poucos devia formar, foi absolutamente concluído num momento, pela potência divina e por obra do Espírito Santo, como é doutrina comum dos Padres e dos professores de Teologia Escolástica.»

Do que eu ando muito precisado é de um técnico que saiba aplicar correctamente o isolamento térmico nas paredes duma casa. O mestre-de-obras não sabe. E talvez ele o soubesse, não tivéssemos nós sacrificado, em séculos, o melhor da inteligência a estas miudezas bizantinas. Talvez até nem houvesse este utente da Sonora, que é invisual e amador de labirintos metafísicos, e desconhece quanto custa o tempo alheio. 
Gastaram-nos a vida em escolásticas. E agora temos que aprender a vida à pressa, supondo que ainda há tempo.

"Muito claramente:"

«Se é para dar ao povo aquilo que o povo quer, não precisamos de televisão pública para nada. E isso serve tanto para a informação como para tudo o resto.»
[Joel Neto, DN]

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Grotesco 5

Valentin Gubarev                                      [rapinado a JJRoseira]

Aqui fica

Para quem não viu.

domingo, 28 de julho de 2013

Pois bem

Se isto vier a confirmar-se, e o papa sobreviver, dou a mão à palmatória.

sábado, 27 de julho de 2013

O mar e o Douro

Ali à Foz.
Foto de J.Oliveira, rapinada a JJRoseira.

Este sonso inútil e vaidoso

É exímio a fazer-se de morto. É moldado em plasticina, tal como o irmão melício, o morto-vivo.

É fácil

Basta ler este pouco e concluir.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Ainda os SWAPS

Mais uma a precisar de bóia de salvamento. E os outros náufragos a lançar-lha.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Fazes uma ideiazita?!

Sobre quem é o MNE que o PM escolheu e o PR entroniza hoje?!
Razão tinham estes cabrões cavaquistas para despachar a Maria de Lurdes Rodrigues, que os americanos queriam manter na direcção da FLAD!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Só que...

No pé a que as coisas chegaram, o crime duns, o erro doutros, e a crassa ignorância geral que aí habita, foram de tal modo gravosos ao correr com Sócrates, que não há perspectiva de salvação.
Isto não é novo em Portugal, desde há séculos. Repita-se, então, porque é inevitável... e logo se vê!

domingo, 21 de julho de 2013

Grotesco 4

Valentin Gubarev.

Tá bem!

Eu submeto-me ao vexame e à vergonha de ouvir o Cavaco, o Rangel, o Catroga, o Passos, a Marilú, até o Gaspar e o mesmo Relvas, o Portas, o Melo, os banqueiros, as sanguessugas, os parasitas, a horda de jornalistas e comentadores avençados que põem  a mãe em praça, eu submeto-me à tristeza de ouvir o próprio Seguro e os aventureiros profissionais esquerdistas e inúteis, eu submeto-me. Desde que não venham impedir-me de chamar a todos um bando de filhos da puta, de que os portugueses fariam bem em proteger-se.

Mal um tipo se ausenta do mundo e se distrai

Logo se perde o fio de tudo o que acontece. Logo fica para trás a verdade das PPP's. Logo nos cai em cima esse lamaçal da ministra SWAP's.    

terça-feira, 9 de julho de 2013

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Outra voz

A ouvir aqui.

A opinião de Sócrates

Enquanto o não calam!

Claro como água

Está tudo aqui. Basta lê-lo.

Grotesco 3

Valentin Gubarev                                       [rapinado a JJRoseira]

Não têm pão?! Pois comam brioches!

Os indignados.

Pobres e pobres

Confesso que não levei a sério a oportuna declaração do papa Francisco, que desta vez é que era, vinha aí a Igreja ao serviço dos pobres.
O que mais me ocupava a cabeça eram as notícias do lodaçal do Vaticano, com lobys-gay, conspirações internas, corrupção no IOR, negociatas com a mafia... tudo aquilo que levou à renúncia do papa Ratzinger.
Era um cepticismo exagerado, o meu! Pois no meio do espavento da primeira missa do novo cardeal, nos Jerónimos de ontem, o Cavaco, o Passos e até mesmo o lacrauzito do Portas, foram recebidos com palmas e louvores pelo fervor da assistência. Esses três pobres, tratados a insulto e a desprezo sempre que ousam pôr o pé na rua, foram afinal objecto do calor dos crentes.
Eu fico-me a suspeitar de que os pobres da Igreja não são todos iguais. Mas quem melhor o sabe é o Vaticano, e mais o papa Francisco, e o cardeal dos Jerónimos.

sábado, 6 de julho de 2013

Só por milagre

Os portugueses tinham um governo. Com defeitos e com erros, é normal. Mas era um governo capaz, e era um governo patriota. 
Era patriota porque estava ao serviço de Portugal e trouxe-lhe coisas indispensáveis que ainda aí estão à vista. E era o único governo que os portugueses poderiam ter, capaz de levantar a voz às hienas da finança, que tomaram conta da savana em que o mundo se tornou em 2008. Era um governo credor de respeito, e por isso mesmo só recebeu o ódio da parte das oligarquias do poder. Não havia em Portugal primeiro-ministro mais odiado desde o marquês de Pombal.
Na sua insuperável ignorância e imbecilidade, os portugueses deixaram-se levar por contos do vigário e correram com ele. 
Agora só um milagre os poderia salvar. Era o Seguro ser um homenzinho, e entregar a direcção do PS a quem tenha capacidade para o dirigir e convencer o eleitorado. Ainda lá há gente dessa, e o desgoverno actual não duraria um mês.
Ora um tal milagre não vai acontecer, nem esse nem outro qualquer. A única coisa que Portugal tem por certo são os incêndios de Verão. O que significa que os portugueses não têm salvação e vão pagá-lo caro. Com eleições ou sem elas.

Fábula do corno

Cá se fazem... cá se pagam. 

Darwinismo

A padaria do bairro mantém-se fechada, houve ali mão da ASAE. Diz-se que falta lá não sei o quê, eu acho que só lá falta vida e o belo pão que lá havia.
Agora fechou a garagem de recolhas. Asilava viaturas, fazia lavagens e limpezas, parafinava objectos de culto. Três paisanos encarregavam-se daquilo.
A lei das rendas multiplicou tudo por três, o patrão deixou de poder pagar e correu os gradeamentos. O pessoal foi bater à porta do desemprego, ficou sem salário e sem actividade, cumprindo as normas darwinistas da parasitagem que vive de cadáveres. Das ruínas vão tratar, não tarda, os ratos e as aranhas.

Momento decisivo - 4

[clicar]
[rapinado de JJRoseira]
Foto de Robert Doisneau.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

De que falam eles, quando falam de credibilidade

As desesperadas tentativas de ressuscitar o cadáver deste governo são um livro aberto de lições. Todos eles - os Draghi's, os Barrosos, os FMI's, as troikas, os BCE's, os Goldmann Sachs, as agências de rating, os Schäubles, as Wall-Street's, as City's, o Banco de Portugal, os Borges, os banqueiros, a oligarquia parasita - todos eles exigem aos seus lacaios e cães de fila - ao Passos, ao Cavaco, ao Portas, ao Gaspar e à prima dele - que assegurem a credibilidade do país para acalmar os mercados.
Para as pessoas normais, a credibilidade e a confiança num país medem-se pela economia, pelo trabalho, pelo emprego, pela criação de riqueza, pela boa gestão dos problemas colectivos, pela harmonia social, pelo respeito pelas regras democráticas, pelo bem-estar, pela cultura, pela cidadania, pela saúde, pela educação, pela auto-confiança e pela vida.
Para todos estes adoradores dos mercados, que vivem da rapina e da parasitagem, a credibilidade mede-se pelo rigor com que os povos são espoliados. Um bom governo é o que melhor garantir as exigências da austeridade assassina, não importa como. Por isso vale tudo, para manter esta bandalheira. Quais eleições, quais direitos, quais regras, quais povo, quais caralho?!

Mais um

Achou-se que era melhor precipitar as coisas...

O verdadeiro padrinho da mafia que aí anda à solta

Ó meu filho da puta!

Mete o resto do teu filme pelo cu acima, e goza-o em família!

Se ainda precisas de entender

Vai aqui ver.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Ave Passos Ave Portas Ave Gaspar Ave Cavaco Ave porcos da finança internacional!

Morituri te salutant!

E queriam eles ganhar a guerra a isto!

[rapinado a JJRoseira]
Guiné - Mulher mandinga

Pra mal dos nossos pecados...

 ... o regime democrático depende do PS e só do PS. Essa é que é essa! Por mais que isso custe a uns inúteis que aí andam, a agitar bandeirinhas por ofício.

Grotesco 2

Valentin Gubarev.                              [rapinado a JJRoseira]

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Um bando de chacais

À volta das tripas da pátria.

Edward Snowden

E quem vai agora admirar-se de ver estes governos sabujos da Europa lamber os tacões que o patrão americano lhes assenta no cachaço?!

Os pontos nos is

Este é que os topa!

terça-feira, 2 de julho de 2013

Naufrágio

Oxalá fosse o deles. Mas é o nosso. Conforme há séculos vem sendo. Pela sua mão.

Auto

 [A. Cunha]
[R. Doisneau]

Um do Herberto

nada pode ser mais complexo que um poema,
organismo superlativo absoluto vivo,
apenas com palavras,
apenas com palavras despropositadas,
movimentos milagrosos de míseras vogais e consoantes,
nada mais que isso, 
música,
e o silêncio por ela fora.
[Servidões, H. Helder]

O sofrimento, individual ou colectivo, é SEMPRE filho do erro. Seja próprio ou alheio.

Quando a vida dum país atinge este paroxismo de absurdo e insânia, é porque ficou, lá para trás, um erro colossal. A única remissão consiste em reconhecê-lo e assumi-lo e lavar da testada a merda acumulada. Para poder aspirar a um futuro e ser gente.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Gubarev, Valentin

[clicar]
[pirateado a JJRoseira]
Grotesco bielorrusso?! Ou russo familiar?!

Vai a tempo

Quem não viu.

Submarino ao fundo

É no que dão as patranhas e contra-patranhas dos SWAPS. Quanto a nós, se já íamos mal de carro,  não vamos melhor de arado. Bem precisados andamos de perder uns restos de inocência e de ingenuidade.

A besta bêbeda

Também confunde a merda com ervilha de cheiro. Para nos trocar os olhos a poder de muletazos, como se faz aos touros nas arenas. E cumpre muito bem o seu papel.

Formas de vida

[Alfredo Cunha]
De JJRoseira, comme d'habitude!