sexta-feira, 5 de julho de 2013

De que falam eles, quando falam de credibilidade

As desesperadas tentativas de ressuscitar o cadáver deste governo são um livro aberto de lições. Todos eles - os Draghi's, os Barrosos, os FMI's, as troikas, os BCE's, os Goldmann Sachs, as agências de rating, os Schäubles, as Wall-Street's, as City's, o Banco de Portugal, os Borges, os banqueiros, a oligarquia parasita - todos eles exigem aos seus lacaios e cães de fila - ao Passos, ao Cavaco, ao Portas, ao Gaspar e à prima dele - que assegurem a credibilidade do país para acalmar os mercados.
Para as pessoas normais, a credibilidade e a confiança num país medem-se pela economia, pelo trabalho, pelo emprego, pela criação de riqueza, pela boa gestão dos problemas colectivos, pela harmonia social, pelo respeito pelas regras democráticas, pelo bem-estar, pela cultura, pela cidadania, pela saúde, pela educação, pela auto-confiança e pela vida.
Para todos estes adoradores dos mercados, que vivem da rapina e da parasitagem, a credibilidade mede-se pelo rigor com que os povos são espoliados. Um bom governo é o que melhor garantir as exigências da austeridade assassina, não importa como. Por isso vale tudo, para manter esta bandalheira. Quais eleições, quais direitos, quais regras, quais povo, quais caralho?!