... ou de como anda cheio o inferno, de excelentes intenções!
Em 1995, ao sentir-se defraudado pela inépcia novo-rica dos governos cavaquistas, Portugal elegeu o primeiro-ministro mais culto, mais humanista e mais cosmopolita que já teve. António Guterres tomou conta do cargo, encheu o peito de ar e de voluntarismo, e tomou duas medidas arrojadas: suspendeu as portagens na CREL, e mandou parar as obras da barragem do Côa. Para salvar uns cavalinhos que não sabiam nadar.
Das portagens conta a história, porém os cavalinhos lá ficaram. E projectou-se um museu (ninguém sabe bem de quê!), a construir numa escarpa que sobrou ali na encosta.