Pelo-me por tudo quanto seja folheto municipal. Não há agenda cultural, agenda de eventos, ou agenda de cultura e eventos a que não chame um figo. É por elas que vou tomando o pulso ao meu país, e à febre de cultura que grassa por aí. Em podendo, nunca falto.
Na Meda, é um exemplo, há meia dúzia de anos que vou tomar café ao centro cultural, quando estou perto. Tenho o bar inteiro ao meu dispor, e a atenção das camareiras. Nunca me cruzei lá dentro com a sombra dum concorrente.
Aqui há dias foi tudo bem diferente, encontrei o auditório a abarrotar. Celebravam-se os 500 anos do foral de Longroiva, nem faltavam ali mestres de estudo nem eminências ilustres.
Cá fora, os carros topo de gama já me tinham avisado. É que estava lá dentro, a conversar, um grupo de irmãos templários. Vinham ver o que foi feito do país que eles empurraram para o mar, amarrado à cruz de Cristo.