Acreditar que o negro Obama foi eleito presidente pela democracia da América, por ser um homem ilustrado, cosmopolita, lúcido, dono de assinalável poder de comunicação, uma espécie de santo milagreiro capaz de entender o mundo e respeitar a humanidade, é um equívoco duplicado.
Por um lado corresponde à mesma ideia de que nunca houve, na América antes de Obama, nenhum outro negro ilustrado, cosmopolita e lúcido. O que é uma ideia peregrina.
Por outro lado corresponde à crença ingénua na democracia americana como realidade insofismável, a mesma que impôs como presidente a figura mais patética que o mundo já conheceu, enquanto criminoso internacional. O mesmo G.W.Bush que perdera as eleições para Al Gore, uma década antes.
A realidade é outra. As torvas eminências da cleptocracia capitalista, acoitadas na Comissão Trilateral, no Grupo de Bilderberg e no Council on Foreign Relations, que puxam os cordelinhos da tal democracia, da política e da finança internacionais, são as responsáveis pelo duplo milagre.
Em 2001, num mundo unipolar saído da implosão soviética, era indispensável e oportuna uma marioneta a governar a América, para lhes cumprir as ordens. E impuseram-na, apesar dos votos. Mas levaram tão longe a trapaça, o desvario criminoso e a desordem do mundo, que lhes foi imperioso brindar-nos com um milagre negro, de sinal contrário, para nos calar a boca.
Obama não fará milagre nenhum, porque os milagres não existem. Será descartado quando for conveniente, e o mundo inteiro fica a pagar a factura, que é do tamanho do crime.
Dirigida por figurantes contratados, a velha Europa assistirá do camarote, enquanto vende os anéis na esperança de salvar os dedos.
Os papagaios avençados encarregar-se-ão de nos ensinar a pensar.
E as contas finais hão-de acertar-se um dia com a ditadura chinesa. Entre uma e outra, venha o diabo e escolha.